Para se adquirir a leitura e a escrita os métodos podem ser sugeridos em um trabalho escolar ou clinico e são divididos em 5 níveis.
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São eles:
- Fase pré-silábica
- Intermediaria
- Fase silábica
- Fase silábica-alfabética
- Fase alfabética
Nível 1- pré-silábica
A Criança:
– Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita;
– Supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;
– Demonstra intenção de escrever através de traçados linear com formas diferentes;
– Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos; coisas grandes devem ter nomes grandes, coisas pequenas devem ter nomes pequenos;
– Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
– Pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas;
– Faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres;
– Caracteriza uma palavra com uma letra inicial;
– Tem leitura global, individual e instável do que escreve; só ela o que quis escrever;
– Supõe que para algo poder ser lido precisa ter n mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três (hipóteses da quantidade mínima de caracteres); supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres).
Desafio: Qual é o significado dos sinais escritos?
Nível 2- Intermediário I
A criança:
– Sabe que a escrita é uma forma de representação.
– Pode usar letras ou pseudoletras, garatujas e números.
– Não compreende que a escrita é a representação da fala.
– Organiza as letras em quantidade (mínimo e máximo de letras para ler).
– Vai direto para o significado, sem passar para sonora.
– Variação de letras – ALSI (elefante).
– Ela relaciona o tamanho da palavra com o tamanho do objeto (Realismo Normal);
– Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita;
– Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;
– Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação do sistema de escrita;
– Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
Desafio: Como resolver a hipótese de que a escrita se vincula com a pronúncia das partes da palavra?
Nível 3- Hipótese Silábica
A criança:
– Já supõe que a escrita representa a fala;
– Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
– Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;
– Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;
– Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem as vezes que mexe a boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;
– Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.
Desafio: Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras podem ser escritas com uma ou com duas letras?
– Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras (almofade) ou no final (sobrantes)?
– Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra?
Esta fase silábica pode ler dois desdobramentos:
1. Sem valor sonoro:
– Ainda não faz relação com o som com a grafia.
– Usa uma letra para representar cada sílaba, sem se preocupar com o valor sonoro.
Ex: BOLA___PT
CAVALO___BUP
2. Com valor sonoro:
– A escrita representa a fala.
– Percebe a relação do som com a grafia.
– Escreve uma letra para cada sílaba.
Ex: BOLA___OA (valor sonoro só nas vogais)
BOLA___BL (só usa consoantes)
Nível 4- Alfabética
A criança:
– Inicia a superação da hipótese silábica;
– Compreende que a escrita representa o som da fala;
– Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula;
– Pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo;
– Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).
Desafio: Como conciliar a hipótese silábica com a hipótese da quantidade mínima de caracteres?
– Como adequar as formas gráficas que o meio lhe propõe à leitura dessas formas?
– Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala?
– Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por pessoas?
– Apresenta a escrita algumas vezes com sílabas completas e outras incompletas.
– Alterna escrita silábica com alfabética.
Ex: CAVALO____CVLU
TOMATE____TOMT
Nível 5- hipótese Alfabética.
A criança:
– Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
– Compreende o modo de construção do código da escrita;
– Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;
– Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;
– Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
– Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
– Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
– Não é ortográfica nem léxica.
Desafio: Como entender que falamos de um jeito e escrevemos de outro?
– Como aprender as convenções da língua?
– Como distinguir letras, sílabas e frases?
– Faz a correspondência entre fonemas (som) e grafemas (letras).
– Escreve como fala.
Ex: CAVALO____KAVALU
TOMATE____TUMATI
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Por Denise Mineiro,
artigo baseado no Portal da Educação
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