Todos os pais tentam fazer o melhor pelos seus filhos. Mas, muitas vezes, por excesso de preocupação o cuidados, as boas intenções acabam se tornando alguns maus costumes que podem interferir no futuro das crianças. A revista Ana Maria trouxe na sua última edição uma lista de atitudes que devem ser evitadas na educação dos pequenos.
Proteger demais
O hábito: Encher a criança de brinquedos, deixar de punir a desobediência e, quando há conflito com os professores, sempre intervir a favor dele.
A intenção: Impedir que ele sofra com a rejeição ou a frustração de não ter o que quer ou não fazer o que gosta.
O problema: Uma criança que tem tudo o que deseja e nunca é punida pode se tornar um adulto que se considera acima da lei.
A solução: Aprender a dizer “não” com firmeza (e explicar o motivo) sempre que for preciso.
Não se entender com o outro cônjuge
O hábito: Brigar com o marido ou esposa (ou o outro pai, mesmo quando separados) ou falar mal dele na frente do filho e mudar instruções que ele tenha dado.
A intenção: Fazer prevalecerem seus métodos, já que acredita que a outra parte não consiga educar direito.
O problema: Quando ele percebe que os pais não se entendem, fica inseguro. Isso dificulta a tomada de decisões na vida adulta.
A solução: Se você e a outra parte discordarem, cheguem a um acordo ou deixem para brigar quando a criança estiver longe.
Prometer e não cumprir
O hábito: Prometer mundos e fundos caso seu filho passe de ano quando você não tem como cumprir a promessa.
A intenção: Estimulá-lo a fazer algo, acreditando que esquecerá o prêmio depois.
O problema: As crianças não só não esquecem promessas como ainda criam expectativas.
A solução: Só faça promessas que você seja capaz de cumprir, e anote-as para não se esquecer delas mais tarde.
Liberar geral
O hábito: Deixar que o filho pinte e borde dentro (e fora) de casa, sem supervisão.
A intenção: Fazer com que os momentos juntos sejam sempre agradáveis.
O problema: A falta de limites costuma trazer problemas sérios tanto na escola quanto, futuramente, no trabalho.
A solução: Determine um espaço para “fazer bagunça” e deixe claros os limites do que é permitido fazer.
Ser rígida demais
O hábito: Exigir que seu filho seja o melhor em tudo, elogiá-lo pouco e enchê-lo de críticas e de “nãos”.
A intenção: Transformá-lo em um adulto de caráter.
O problema: Ele pode crescer revoltado e agressivo. Além disso, quando tudo é negado, o jovem acaba fazendo coisas às escondidas.
A solução: Determine um espaço para “fazer bagunça” e deixe claros os limites do que é permitido fazer.
Acelerar o aprendizado
O hábito: Querer que a criança seja alfabetizada antes dos seis anos.
A intenção: Adiantar o filho, para que ele seja um vencedor na vida.
O problema: O cérebro tem seu tempo, não adianta forçar. Isso faz o pequeno se sentir “burro” e atrasado, o que baixa sua auto-estima.
A solução: Seu filho entrou no pré-primário adiantado? “Deixe-o repetir”, sugere a psicoterapeuta Teresa Bonumá. Ele não precisa aprender a ler antes.
Obrigar a comer
O hábito: Forçá-lo a ingerir algo que não quer ou fazer chantagem para que coma.
A intenção: Contribuir para que seu filho cresça forte e saudável.
O problema: A criança passa a associar comida a punição, o primeiro passo para ter transtornos alimentares no futuro.
A solução: Identifique o que a criança gosta e seja criativa. Ele só come arroz? Experimente incrementá-lo com legumes. Por exemplo, “tinja-o” com beterraba, e terá o “Arroz da Barbie”, ou com espinafre, e terá o “Arroz do Shrek”. A partir disso, exercite sua criatividade! Há milhares de ingredientes gostosos e saudáveis.