Termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição/ visão, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estes distúrbios podem se manifestar independente da instrução, da inteligência, motivação e oportunidade sócio-econômicos. Dificilmente as dificuldades escolares podem ser atribuídas a uma única causa.
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Não há dúvida que o ato de aprender se passa no SNC, onde ocorrem modificações funcionais e de conduta, que depende da genética de cada individuo, associado ao ambiente onde esse ser esta inserido. O ambiente é responsável pelo aporte sensitivo- sensorial, que vem pela substância reticular ativadora ascendente e é modificado pelo sistema límbico, que contribui com os aspectos afetivos, emocionais da aprendizagem.
Para que a criança se desenvolva bem, ela precisa de um ambiente afetivamente equilibrado, onde ela receba amor autêntico e onde lhe permitam satisfazer as necessidades próprias do seu estado infantil.
Quando isso não acontece, inicia-se a luta entre o ambiente em que a criança vive e as exigências que apresenta o que fatalmente levará a uma situação de desequilíbrio, possível geradora de comportamentos problemáticos ou até patológicos.
Vale ressaltar que tanto família quanto escola podem ajudar o aluno com dificuldade em superar alguns momentos difíceis, como o da entrada na escola, do nascimento dos irmãos, da separação ou morte dos pais e do início de novas fases de sua vida como da adolescência. Para tal, é preciso encaminhar o caso para um psicopedagogo que poderá estabelecer claramente os limites que separam “transtornos” de aprendizagem, dos chamados “distúrbios” de aprendizagem, orientando a família e encaminhando para a área em que a deficiência se apresenta.
Para o educador cabe apenas detectar as dificuldades que aparecem em sala de aula, principalmente nas escolas mais carentes e investigar as causas de forma ampla, que abranja os aspectos orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos adicionados à problemática que a criança vive.
Muitas crianças são identificadas como portadoras de distúrbios de aprendizagem, quando não realizam o que se espera de uma programação de ensino. Seja porque ficam presas, a mecanismos que tentam reproduzir sem êxito, seja porque, apesar de saberem até mais daquilo que o professor está ensinando, faltam-lhe mecanismos para se expressarem.
Na verdade, quando o ato de aprender se apresenta como problemática, é preciso uma avaliação muito mais abrangente e minuciosa. O professor não pode se esquecer de que o aluno é um ser social com cultura, linguagem e valores específicos os quais ele deve estar sempre atento, inclusive para evitar que seus próprios valores não o impeçam de auxiliar a criança em seu processo de aprender.
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Por Denise Mineiro
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